13º do INSS será pago em parcela única a quem começou a receber após junho de 2025

Os aposentados, pensionistas e demais segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que passaram a receber benefícios a partir de junho de 2025 terão direito ao décimo terceiro salário em parcela única, a ser pago entre o fim de novembro e o início de dezembro, conforme o calendário oficial divulgado pelo governo.
Essa rodada de pagamentos segue uma regra já adotada em anos anteriores: quem começa a receber o benefício após o período de antecipação feito pelo governo no primeiro semestre tem o décimo terceiro creditado no fim do ano, em uma única parcela.
 
Quem recebe o décimo terceiro agora em novembro?
Estão incluídos neste pagamento:
  • Aposentados e pensionistas do INSS;
  • Beneficiários de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença);
  • Segurados que recebem auxílio-acidente;
  • Pensão por morte;
  • Auxílio-reclusão;
  • Salário-maternidade.
O valor do décimo terceiro será depositado junto com o pagamento mensal de novembro, conforme o cronograma regular do INSS.
 
Calendário de pagamentos – 13º do INSS
O cronograma segue a ordem tradicional, variando conforme o valor do benefício e o número final do cartão de pagamento (sem considerar o dígito verificador).
 
 
Para quem ganha até um salário-mínimo (R$ 1.518):
 
Final do benefício | Data do pagamento
1 25 de novembro
2 26 de novembro
3 27 de novembro
4 28 de novembro
5 29 de novembro
6 1º de dezembro
7 2 de dezembro
8 3 de dezembro
9 4 de dezembro
0 5 de dezembro
 
Para quem ganha acima de um salário-mínimo:
 
Final do benefício | Data do pagamento
1 e 6 1º de dezembro
2 e 7 3 de dezembro
3 e 8 6 de dezembro
4 e 9 7 de dezembro
5 e 0 8 de dezembro
 
 
Como consultar o valor do décimo terceiro?
A consulta pode ser feita de forma simples pelo aplicativo Meu INSS ou pelo site Meu INSS, basta acessar a opção “Extrato de Pagamento” para visualizar:
  • Valor exato a receber;
  • Data do depósito;
  • Benefício ao qual o pagamento está vinculado.
 
Importante: Não é necessário solicitar o décimo terceiro, o pagamento é feito automaticamente junto ao benefício mensal. Desde 2020, o governo federal antecipa o décimo terceiro para aliviar o orçamento dos segurados nos primeiros meses do ano. No entanto, essa antecipação é válida apenas para quem já era beneficiário antes da definição do calendário.
Ou seja, quem começou a receber benefícios do INSS após junho de 2025 ficou de fora da antecipação e, por isso, receberá agora o valor integral em uma única parcela, no fim do ano.

 

Patrícia Steffanello | Assessoria de Comunicação

Imagem: Pixabay 

Golpes com Inteligência Artificial: A nova era da “clonagem” de advogados no Brasil

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) tem promovido inovações em praticamente todos os setores, da medicina à educação, do entretenimento ao direito. Mas, na contramão dos avanços positivos, criminosos também têm se apropriado da tecnologia para aplicar golpes cada vez mais ousados e difíceis de detectar. Um dos esquemas mais recentes e alarmantes é a chamada “clonagem de advogados”, um golpe que vem se espalhando silenciosamente pelo país e lesando vítimas com impressionante precisão.
 
Uma Nova Face da Fraude: A IA como arma de engano
Ao contrário do que o termo possa sugerir, a clonagem de advogados não tem relação com práticas jurídicas ou qualquer inovação da advocacia. Trata-se de um crime tecnológico sofisticado, onde golpistas utilizam IA generativa para imitar a voz, imagem e até trejeitos de advogados reais, criando uma farsa extremamente convincente. Com isso, entram em contato com clientes, muitas vezes em momentos de alta vulnerabilidade, e solicitam pagamentos sob justificativas falsas, como taxas judiciais, impostos ou liberação de indenizações.
Em poucos minutos de interação, a vítima acredita estar falando com seu advogado de confiança. E o golpe se consuma.
 
Como Funciona o Esquema?
O modus operandi dos criminosos é baseado em três pilares centrais:
 
1. Clonagem de Voz
Com apenas alguns segundos de áudio extraído de vídeos, redes sociais ou até áudios de WhatsApp vazados, ferramentas de IA conseguem replicar com precisão assustadora a voz do profissional, incluindo sotaques regionais, pausas na fala e até expressões típicas.
 
2. Imitação Visual
Fotos públicas são transformadas em vídeos por meio de deepfakes,  uma tecnologia de IA capaz de criar imagens e vídeos falsos extremamente realistas. Em versões mais simples, apenas uma foto estática com áudio já é suficiente para convencer a vítima.
 
3. Informações Verídicas para Reforçar o Engano
Os golpistas vasculham processos judiciais públicos, redes sociais e outras fontes abertas para colher dados reais. Assim, quando abordam a vítima, demonstram conhecimento sobre o processo ou situação jurídica, o que aumenta a credibilidade da fraude.
 
 
A Armadilha Financeira
A etapa final do golpe costuma envolver uma solicitação urgente de dinheiro via Pix,  alegando prazos curtos para liberar valores judiciais ou evitar prejuízos processuais. Em muitos casos, a vítima, confiando na suposta identidade do advogado, transfere os valores sem desconfiar da fraude.
 
Um Problema Nacional: A Reação da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já classificou o golpe como uma ameaça grave à integridade profissional e à relação de confiança entre advogados e clientes. Diversas seccionais da OAB, em todo o país, têm registrado um aumento expressivo nas denúncias, e algumas estão em processo de articulação com autoridades policiais e especialistas em cibersegurança para lidar com o problema.
 
Em nota, a OAB Nacional orienta:
  • Confirmação de identidade: Clientes devem sempre buscar confirmar qualquer pedido financeiro por meio de canais oficiais, como o telefone fixo do escritório, e-mails institucionais ou visitas presenciais.
  • Canais exclusivos: Advogados devem estabelecer e divulgar claramente os meios oficiais de comunicação com seus clientes.
  • Cláusulas contratuais específicas: Recomenda-se que contratos de honorários tragam previsões claras sobre formas de pagamento e identificação de cobranças legítimas.
 
“É a confiança que está sendo clonada”
O maior impacto, segundo especialistas, é psicológico. “Não se trata apenas de perda financeira. Estamos falando de um ataque direto à relação de confiança entre advogado e cliente, que é o pilar da atuação jurídica ética”, afirmou em nota Letícia Mota, presidente da Comissão de Direito Digital da OAB-RS.
Para ela, o combate a esse tipo de golpe não pode depender apenas de iniciativas individuais. “Precisamos de uma articulação nacional, envolvendo poder judiciário, advocacia, empresas de tecnologia e, principalmente, políticas públicas para educação digital.”
 
A Engenharia do medo: Por que funciona?
Golpes com IA têm se mostrado eficazes por explorarem o chamado “fator humano”,  urgência, medo e confiança. O uso da tecnologia torna a encenação quase perfeita, mas é o contexto emocional da vítima que garante o sucesso da fraude.
Especialistas em cibersegurança alertam que esse é apenas o começo de uma nova geração de golpes. “A IA está em constante evolução, e os criminosos estão testando seus limites. Precisamos estar sempre um passo à frente”, alertam especialistas.
 
Como se proteger?
Para clientes:
  • Desconfie de urgências financeiras por WhatsApp.
  • Evite fazer transferências sem verificar em fontes seguras.
  • Peça sempre uma segunda validação.
O uso da inteligência artificial no crime não é mais ficção científica, é realidade. E diante desse novo cenário, tanto a advocacia quanto a sociedade precisam se adaptar rapidamente. O desafio é tecnológico, sim, mas também ético e social. Proteger-se contra esse tipo de golpe exige mais do que antivírus: exige informação, cautela e consciência coletiva.
 
Patricia Steffanello | Assessoria de Comunicação
Imagem: Pixabay 
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